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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

JEREMIAS-20 SALMOS 12


Jeremias e Pasur

1 Quando o sacerdote Pasur, filho de Imer, o mais alto oficial do templo do Senhor, ouviu Jeremias profetizando essas coisas,
2 mandou espancar o profeta e prendê-lo no tronco que havia junto à porta Superior de Benjamim, no templo do Senhor.
3 Na manhã seguinte, quando Pasur mandou soltá-lo do tronco, Jeremias lhe disse: "O Senhor já não o chama Pasur, e sim Magor-Missabibe.
4 Pois assim diz o Senhor: 'Farei de você um terror para você mesmo e para todos os seus amigos: você verá com os próprios olhos quando eles forem mortos à espada dos seus inimigos. Entregarei todo o povo de Judá nas mãos do rei da Babilônia, que os levará para a Babilônia e os matará à espada.
5 Eu entregarei nas mãos dos seus inimigos toda a riqueza desta cidade: toda a sua produção, todos os seus bens de valor e todos os tesouros dos reis de Judá. Levarão tudo como despojo para a Babilônia.
6 E você, Pasur, e todos os que vivem em sua casa irão para o exílio, para a Babilônia. Lá vocês morrerão e serão sepultados, você e todos os seus amigos a quem você tem profetizado mentiras' ".

Jeremias queixa-se

7 Senhor, tu me enganaste,
e eu fui enganado;
foste mais forte
do que eu e prevaleceste.
Sou ridicularizado o dia inteiro;
todos zombam de mim.
8 Sempre que falo
é para gritar que há
violência e destruição.
Por isso a palavra do Senhor
trouxe-me insulto e censura
o tempo todo.
9 Mas, se eu digo: "Não o mencionarei
nem mais falarei em seu nome",
é como se um fogo ardesse
em meu coração,
um fogo dentro de mim.
Estou exausto tentando contê-lo;
já não posso mais!
10 Ouço muitos comentando:
"Terror por todos os lados!
Denunciem-no! Vamos denunciá-lo!"
Todos os meus amigos estão esperando
que eu tropece, e dizem:
"Talvez ele se deixe enganar;
então nós o venceremos
e nos vingaremos dele".
11 Mas o Senhor está comigo,
como um forte guerreiro!
Portanto, aqueles que me perseguem
tropeçarão e não prevalecerão.
O seu fracasso lhes trará
completa vergonha;
a sua desonra jamais será esquecida.
12 Ó Senhor dos Exércitos,
tu que examinas o justo
e vês o coração e a mente,
deixa-me ver a tua vingança sobre eles,
pois a ti expus a minha causa.
13 Cantem ao Senhor!
Louvem o Senhor!
Porque ele salva o pobre
das mãos dos ímpios.
14 Maldito seja o dia em que eu nasci!
Jamais seja abençoado o dia
em que minha mãe me deu à luz!
15 Maldito seja o homem
que levou a notícia a meu pai
e o deixou muito alegre quando disse:
"Você é pai de um menino!"
16 Seja aquele homem
como as cidades
que o Senhor destruiu sem piedade.
Que ele ouça gritos de socorro
pela manhã
e gritos de guerra ao meio-dia;
17 mas Deus não me matou no ventre materno
nem fez da minha mãe o meu túmulo,
e tampouco a deixou
permanentemente grávida.
18 Por que saí do ventre materno?
Só para ver dificuldades e tristezas,
e terminar os meus dias
na maior decepção?
1 Salva-nos, Senhor!
Já não há quem seja fiel;
já não se confia em ninguém entre os homens.
2 Cada um mente ao seu próximo;
seus lábios bajuladores falam
com segundas intenções.
3 Que o Senhor corte
todos os lábios bajuladores
e a língua arrogante
4 dos que dizem:
"Venceremos graças à nossa língua;
somos donos dos nossos lábios!
Quem é senhor sobre nós?"
5 "Por causa da opressão do necessitado
e do gemido do pobre, agora me levantarei",
diz o Senhor.
"Eu lhes darei a segurança que tanto an­seiam."
6 As palavras do Senhor são puras,
são como prata purificada num forno,
sete vezes refinada.
7 Senhor, tu nos guardarás seguros,
e dessa gente nos protegerás para sempre.
8 Os ímpios andam altivos por toda parte,
quando a corrupção é exaltada entre os ho­mens.

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS 4 - JÓ-13


1 Como o ouro perdeu o brilho!
Como o ouro fino ficou embaçado!
As pedras sagradas estão espalhadas
pelas esquinas de todas as ruas.
2 Como os preciosos filhos de Sião,
que antes valiam seu peso em ouro,
hoje são considerados como vasos de barro,
obra das mãos de um oleiro!
3 Até os chacais oferecem o peito
para amamentar os seus filhotes,
mas o meu povo não tem mais coração;
é como as avestruzes do deserto.
4 De tanta sede, a língua dos bebês
gruda no céu da boca;
as crianças imploram pelo pão,
mas ninguém as atende.
5 Aqueles que costumavam comer comidas finas
passam necessidade nas ruas.
Aqueles que se adornavam de púrpura
hoje estão prostrados
sobre montes de cinza.
6 A punição do meu povo
é maior que a de Sodoma,
que foi destruída num instante
sem que ninguém a socorresse.
7 Seus príncipes eram mais brilhantes
que a neve,
mais brancos do que o leite;
e tinham a pele mais rosada que rubis;
e sua aparência lembrava safiras.
8 Mas agora estão mais negros do que o carvão;
não são reconhecidos nas ruas.
Sua pele enrugou-se sobre os seus ossos;
agora parecem madeira seca.
9 Os que foram mortos à espada
estão melhor do que os que morreram de fome,
os quais, tendo sido torturados pela fome,
definham pela falta de produção
das lavouras.
10 Com as próprias mãos,
mulheres bondosas
cozinharam seus próprios filhos,
que se tornaram sua comida
quando o meu povo foi destruído.
11 O Senhor deu vazão total à sua ira;
derramou a sua grande fúria.
Ele acendeu em Sião um fogo
que consumiu os seus alicerces.
12 Os reis da terra e os povos de todo o mundo
não acreditavam
que os inimigos
e os adversários pudessem entrar
pelas portas de Jerusalém.
13 Dentro da cidade foi derramado
o sangue dos justos,
por causa do pecado dos seus profetas
e das maldades dos seus sacerdotes.
14 Hoje eles tateiam pelas ruas como cegos,
e tão sujos de sangue estão
que ninguém ousa tocar em suas vestes.
15 "Vocês estão imundos!",
o povo grita para eles.
"Afastem-se! Não nos toquem!"
Quando eles fogem e andam errantes,
os povos das outras nações dizem:
"Aqui eles não podem habitar".
16 O próprio Senhor os espalhou;
ele já não cuida deles.
Ninguém honra os sacerdotes
nem respeita os líderes.
17 Nossos olhos estão cansados
de buscar ajuda em vão;
de nossas torres ficávamos à espera
de uma nação que não podia salvar-nos.
18 Cada passo nosso era vigiado;
nem podíamos caminhar
por nossas ruas.
Nosso fim estava próximo,
nossos dias estavam contados;
o nosso fim já havia chegado.
19 Nossos perseguidores eram mais velozes
que as águias nos céus;
perseguiam-nos por sobre as montanhas,
ficavam de tocaia contra nós no deserto.
20 O ungido do Senhor,
o próprio fôlego da nossa vida,
foi capturado em suas armadilhas.
E nós que pensávamos que sob
a sua sombra viveríamos entre as nações!
21 Alegre-se e exulte, ó terra de Edom,
você que vive na terra de Uz.
Mas a você também será servido o cálice:
você será embriagada
e as suas roupas serão arrancadas.
22 Ó cidade de Sião, o seu castigo terminará;
o Senhor não prolongará o seu exílio.
Mas você, ó terra de Edom, ele punirá o seu pecado
e porá à mostra a sua perversidade.
1 "Meus olhos viram tudo isso,
meus ouvidos o ouviram
e entenderam.
2 O que vocês sabem, eu também sei;
não sou inferior a vocês.
3 Mas desejo falar ao Todo-poderoso
e defender a minha causa
diante de Deus.
4 Vocês, porém, me difamam
com mentiras;
todos vocês são médicos
que de nada valem!
5 Se tão somente ficassem calados,
mostrariam sabedoria.
6 Escutem agora o meu argumento;
prestem atenção à réplica
de meus lábios.
7 Vocês vão falar com maldade
em nome de Deus?
Vão falar enganosamente a favor dele?
8 Vão revelar parcialidade por ele?
Vão defender a causa a favor de Deus?
9 Tudo iria bem se ele os examinasse?
Vocês conseguiriam enganá-lo
como podem enganar os homens?
10 Com certeza ele os repreenderia
se, no íntimo, vocês fossem parciais.
11 O esplendor dele
não os aterrorizaria?
O pavor dele não cairia sobre vocês?
12 As máximas que vocês citam
são provérbios de cinza;
suas defesas não passam de barro.
13 "Aquietem-se e deixem-me falar,
e aconteça comigo o que acontecer.
14 Por que me ponho em perigo
e tomo a minha vida
em minhas mãos?
15 Embora ele me mate,
ainda assim esperarei nele;
certo é que defenderei
os meus caminhos diante dele.
16 Aliás, será essa a minha libertação,
pois nenhum ímpio ousaria
apresentar-se a ele!
17 Escutem atentamente
as minhas palavras;
que os seus ouvidos
acolham o que eu digo.
18 Agora que preparei a minha defesa,
sei que serei justificado.
19 Haverá quem me acuse?
Se houver, ficarei calado e morrerei.
20 "Concede-me
só estas duas coisas, ó Deus,
e não me esconderei de ti:
21 Afasta de mim a tua mão
e não mais me assustes
com os teus terrores.
22 Chama-me, e eu responderei,
ou deixa-me falar, e tu responderás.
23 Quantos erros e pecados cometi?
Mostra-me a minha falta
e o meu pecado.
24 Por que escondes o teu rosto
e me consideras teu inimigo?
25 Atormentarás uma folha
levada pelo vento?
Perseguirás a palha?
26 Pois fazes constar contra mim
coisas amargas
e me fazes herdar os pecados
da minha juventude.
27 Acorrentas os meus pés
e vigias todos os meus caminhos,
pondo limites aos meus passos.
28 "Assim o homem se consome
como coisa podre,
como a roupa que a traça vai roendo.